Resenha: O Mago de Camelot

Sinopse: De uma infância pobre e sofrida à irresistível ascensão aos salões dos grandes reis; de um começo sem esperanças ao despertar de um poder inigualável, invejado e temido, Merlin,  é levado a se tornar o homem mais influente da Idade das Trevas. Confidente supremo do rei Artur e maior conselheiro da corte de Camelot.  Misterioso e enigmático. Amado e odiado. Druida, monge e mago. Na Britânia do Século V da Era Cristã – abandonada pela queda do Império Romano à barbárie dos invasores saxões –, Merlin surge para impor um novo tipo de rei a um povo abatido e desesperado, alterando, para sempre, não apenas o destino dos britânicos, mas de toda a humanidade. A saga de um homem determinado a erigir uma civilização de paz e justiça numa terra devastada pelo caos e a guerra em uma aventura épica e brutal que equilibra realismo duro com doses amargas de magia.

Sob o tato e a boa narrativa do autor Marcelo Hipólito, O Mago de Camelot conta a história e trajetória de vida do misterioso mago Merlin, principal conselheiro e amigo de rei Artur. O livro ser pequeno e escrito de forma simples foram dois pontos positivos a favor do autor, pois assim o romance foi narrado, com todo o seu conteúdo e todos os seus mistérios, de forma coerente e precisa.  A época em que o primeiro capítulo se passa, narrando brevemente os mistérios de Nimue, A Dama do Lago, para só depois, começar a contar a história da infância do nosso querido druida, é o motivo pelo qual elogio o tato de Marcelo Hipólito, afinal ele começou exatamente aonde devia fazê-lo.

 Ao longo da narrativa conhecemos personagens marcantes como a também famosa druida Morgana, que desde sua apresentação demonstra ser uma vilã a altura do nosso herói, mas não é a única vilã da trama. E falando na forma como os personagens foram apresentados, eu como defensora ferrenha de Guinivere, achei justa a versão do autor com relação à sua suposta traição. Isso sem mencionar a construção do caráter de Artur, afinal de contas, não vejo outra forma de um futuro rei da Britânia, um reino habitado principalmente por bárbaros, ser humilde, justo, leal e gentil, sem ser criado da forma como foi descrito.

O livro é dividido em duas partes: Trevas e luz. Trevas começa descrevendo como a ilha de Avalon tornou-se tão mística, passando pela história da infância de Merlin e como ele foi movido por seu desejo de vingança causada pelo  caos e as traições de Vortigem que usurpa o trono de Constantino, pai de Uther. Merlin faz um acordo com Uther Pendragon, que lhe concede a criação de Artur, seu primogênito. Luz, narra como o tutor criou o menino que estava destinado a ser o próximo Pendragon, pobre e sem luxos, para que este conhecesse as dificuldades de seu povo. Merlin consegue fazer Artur chegar ao trono, mas mantê-lo lá é seu maior desafio, uma vez que este enfrenta a traição mal explicada de sua amada esposa e seu amigo, além das intrigas de sua meia-irmã Morgana, a quem mais tarde o druida enfrenta.

Recomendo a leitura não só para amantes das lendas de Artur, como até mesmo para leitores que nunca leram nada a respeito, pois o livro é muito explicativo e original. Leitores que curtem literatura nórdica, ou celta, fantasia, aventura e magia também se identificarão com a historia, como eu. Marcelo respeitou as lendas, a mitologia, a cultura e tudo o que engloba o gênero nórdico e celta.

Meus parabéns para a editora que, além de uma boa escolha ao publicar esta maravilha, fez uma boa distribuição dos exemplares, de forma que é possível encontrá-los em qualquer livraria física, ou virtual. A parte gráfica do livro também merece ser lembrada, pois a capa é muito bonita, prometendo uma obra misteriosa e fantástica, o que só se confirma com a leitura. As páginas são compostas por folhas amarelinhas, que cheiram bem e evitam que a luz reflita de forma prejudicial, ou desconfortável para o leitor.

Bom, esta foi a minha resenha sobre esta história que para mim foi envolvente e especial. Espero que vocês leiam e tenham a mesma sensação. Beijos e até a próxima resenha!