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Eu só preciso parar


19 dezembro 2013


Eu não sei o que escrever… Desculpe, mas de todas as minhas palavras, todas elas, “você” foi a que mais incompreendi. “Você” pode ser amor, carinho, amizade, ilusão, negação, futuro, desejo, pode ate ser o passado de um belo beijo. Mas você, poxa, você é uma palavra que não tem direção. Em que rumo quer chegar? Só não chegue em meu coração. 

Eu já perdi a conta da quantidade de vezes que digitei palavras erradas nessas linhas que agora, ou por hora, escrevo no Word. Já apaguei tanto essas palavras por medo de fazê-las, por medo de expô-las, vivo expondo pensamentos conhecidos, contados, imaginados, mas nunca vividos. Eu vivo dizendo o que acho, o que deve, o que tem, o que pode, mas nunca sinto. Tenho medo mesmo, medo que tudo volte, que tudo seja só mais um momento perdido em desilusões onde sabemos o final. Eu tenho medo de viver o pesadelo do passado. Um amor fingido, surreal, ambíguo. 

Tenho que parar com essa facilidade, inventar corações, amar sem colocações, permitir sem ir, reescrever palavras subitamente ditas, por bocas pouco entendidas. Sabe-se lá se ela queria mesmo entender? Tenho que parar de ver entrelinhas em cada “Oi” e enxergar futuro em cada elogio, tenho que parar de idealizar momentos e criar expectativas frustrantes. Eu só preciso parar. 

Queria muito saber ignorar, saber fingir e não me importar. Poxa, como eu queria! Nenhum “Oi” é Eu te amo, nenhum “Obrigado” é Te quero. Por que você é tão carente? Por que tem que se submeter ao carinho? Você precisar parar de ver o que não se pode sentir, precisa parar de ver brilho em um olhar apagado, só pare. 

Por favor, eu já não aguento mais!
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