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Caixa de entrada.


26 novembro 2013


Em meio a conselhos e afinidades desilusórias, minha caixa de e-mail em minutos ficou lotada de questões muito discutidas e pouco entendidas. Vocês sabem do que estou falando. O Malbendito amor.

No mesmo momento perguntei para mim mesma: O que seria bom escrever e legal para os outros ler? “Inventa algo perfeito que seja imperfeito”, e logo respondi “O amor?” Bingo! Se jogadas de mega sena fossem interpretações sentimentais, leitores e escritores seriam milionários. 

Mas, infelizmente o mundo é matematicamente certo e não sentimentalmente apropriado. Os sentimentos ainda não passam de uma ilusão para corações gelados e desamparados. Talvez esse seja o 27ª texto que tento explicar o amor, a qualquer momento posso sair derrotada com um clichê na ultima linha. Talvez o amor seja só um clichê, ou uma palavra que juntamente com cientistas, poetas inventaram para transmitir confusão em nossos corações. Não sei. As perguntas diárias com questões mal interpretadas geram equívocos e ações inesperadas. Dá medo não é? A cautela no amor deveria ser a base de tudo, mas não é, mesmo sabendo que ele é algo muito perigoso. 

Se esse for o fato, ainda continuarei sendo poeta e observadora de olhares em palavras. Ainda vou enxergar corações flutuantes em mãos entrelaçadas, tentando entender e explicando sem conseguir, criando versos bobos que prendem sua atenção no principal objetivo do texto. Sim. Eu ainda vou ajudar aqueles que procuram entendimentos, mesmo eu não me entendo e alto jugando entender. É, eu sou mesmo muito mal. Colocando certezas e observações em palavras para alguém que acha que sei usa-las. Desculpem-me. 

Seus e-mails ainda serão respondidos e suas certezas ainda serão interpretadas. Mas o amor, ah, esse será só um talvez nas próximas perguntas digitalizadas em desespero de ajuda. Afinal, suas necessidades em perguntas me geram desesperos em melhores respostas. Desde que vocês aceitem que estarão enviando seu coração com dúvidas para uma pessoa em si, mal interpretada, me sentirei honrosa em respondê-lo. Mas não custa avisa-los que eu, por humanidade destinada, mal sei qual resposta é digna para tal interpretação. 

Vamos tentar de novo. Qual a sua próxima pergunta? Dor, amor, rancor? Posso ajudá-lo a repôr? Minha caixa de entrada esta aberta para o clichê, e eu bem avisei que isso terminaria assim.
Maldita seja a ultima linha.

4 comentários:

  1. nossa por mais que diga que nao saiba responder consegue ultilizar as palavras de tal forma que nao nos deixa parar de ler (mesmo sabendo que no final nao teremos respostas definitivas)
    simplesmente perfeito

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  2. Lindo!
    A o amor é complicado, nunca se tem paz quando se ama.

    Beijos e ótima semana.

    http://sonhosdeumamadrugadadeinverno.blogspot.com

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  3. Nossa, texto muito bom! VC escreve bem, parabéns!
    Bjs


    www.digoporai.com

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  4. No fim só pensei: uau. Tapa na cara ! haha Mas é verdade, o amor não dá pra ser explicado, fazer o que!
    Gostei muito da frase: "Mas, infelizmente o mundo é matematicamente certo e não sentimentalmente apropriado."

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